Resenha | A sala das borboletas

14 fevereiro 2022


Comprei A sala das borboletas em 2019 e foi como se fosse amor à primeira vista.

Tinha achado a capa fantástica e quando li a sinopse então, pensei “vai ser esse”, sem nem me importar muito com o fato do livro está na sua semana de lançamento e o preço dele estar alto. (eu devia estar muito doida quando comprei ele)

Acho que foi o último livro que paguei tão caro, mas valeu cada centavo.

E agora, depois de anos, não é? Enrolando a leitura, finalmente esse momento glorioso chegou!

Então, chega de conversa e vamos conhecer um pouco dessa obra da Lucinda Riley?





Ficha técnica:
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Sinopse: Posy Montague está prestes a completar 70 anos. Ela ainda vive na Admiral House, a mansão da família onde passou uma infância idílica caçando borboletas com o pai e onde criou os próprios filhos. Porém, a casa está caindo aos pedaços e Posy sabe que chegou a hora de vendê-la.

Em meio a essa angustiante decisão, ela precisa lidar com os dois filhos, tão diferentes entre si. Sam é um fracasso nos negócios e, a cada empresa falida, se torna um homem mais amargo. Já Nick, o mais novo, retorna de repente à Inglaterra depois de dez anos morando na Austrália, fugido de uma decepção amorosa.

Para completar, Posy reencontra Freddie, seu primeiro amor, que agora deseja explicar por que a abandonou cinquenta anos atrás. Ela reluta em acreditar nessa súbita afeição, percebendo que ele tem um segredo devastador para revelar.

Mesclando narrativas do presente e do passado, A sala das borboletas mais uma vez mostra a habilidade de Lucinda para criar uma saga familiar inesquecível.


Autora: Lucinda Riley

Editora: Arqueiro

Ano: 2019

Número de páginas: 496

Gênero: familiar, romance, crescimento pessoal

Estrutura do livro: dividido em 42 capítulos




Crítica:
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Eu não entendo o porquê de ter demorado tanto para começar esse livro, não sei dizer parecia que tinha uma barreira entre nós, e era como se eu ainda não estivesse preparada para história e absorver todos os seus detalhes. Mas, acho que fez bem eu ter esperado esse momento certo para ler, pois com certeza fez toda a diferença. A Thalita de antes teria uma visão diferente deste livro e não sei bem se iria gostar tanto quanto gostei agora. Estranho, não é?

Livros são assim, e gosto de seguir esse sentimento de estar pronta para embarcar em uma história ou não. É muito importante.

Mas, enfim! O que posso dizer da A sala das borboletas? Esse livro me deixou sem palavras.

Confesso que o inicio não foi muito convidativo mas fiquei impressionada que a medida em que lia os capítulos, a leitura se transformava e fluia super bem. Antes, eu pensava que seria uma leitura pesada e complicada, acho que isso faz parte do eu ter enrolado tanto pra ler. E o engraçado é justamente isso, foi totalmente diferente do quê imaginava.

O livro entrega uma trama familiar super bem desenvolvida, que meus olhos agradeceram a cada segundo. E vejam bem que a história trás um foco não só na protagonista Posy, mas também nos familiares dela, então temos a visão do seus filhos Sam e Nick, suas noras Tammy, Amy e Evie, e de quebra o Sebastian e o Freddie.

E por conta disto, a autora vai intercalando os capítulos com o ponto de vista da Possy e dos outros personagens, o que é super interessante! E o melhor de tudo é que mesmo inserindo tantos personagens na história, a Lucinda conseguiu fazer uma bela construção de cada um deles e suas individualidades. E isso para mim foi incrível demais, pois a escritora poderia facilmente se perder no próprio enredo e esquecer algumas personagens mas não foi o caso. Dá até vontade de chorar de alegria contando isso para vocês, mas é sério.

Já em relação a história no geral, uma palavra que define é surpreendente! Não vá pensando que é uma trama comum familiar, você está muito enganado porque tem um plot twist que vou te contar... Impressionante. Sem spoilers claro. À medida que vai lendo, a escritora consegue aos poucos instigar sua curiosidade e teve um pouco que eu já estava ficando louca querendo saber os segredos que os personagens tanto guardavam e no final PUF! Eu fiquei totalmente em choque! (alguém aparece nos comentários para surtar comigo com esse livro por favor não aguento mais estar doida sozinha, que história incrível vou chorar aqui já volto)

Dando continuidade aos elementos do livro, o gênero diz que apresenta um romance e realmente trás uma história de amor bem sofrida mas que tem um belo final feliz merecido. Gostei de como a autora mostra o amor de jeitos diferentes, com a Possy recebendo mais afeto da sua avó do que da própria mãe trazendo um constraste entre elas, bem como a forma como foi desenvolvida a relação entre Freddie e a protagonista, mesmo com todos os contratempos da vida, quando eles se reencontraram a chama ainda estava acesa. E o melhor de tudo é ver a simplicidade e sintonia entre eles dois.

Falando na Possy, o livro meio que trás uma trajetória da vida dela, mesclando o presente com o passado. Então podemos ver basicamente todo o estágio da vida dela, o que é sensacional.

Ademais, A sala das borboletas trás temas importantes e um pouco de representatividade, com conversas sobre o apoio a qualquer tipo de amor, e anuances do preconceito, bem como comenta sobre como a famílias viviam em situação de guerra e trás uma abordagem sobre depressão e agressão física contra as mulheres. O último tópico é bem sensível e quando li fiquei realmente mal, então cuidado.

Concluindo por fim, eu gostei muito deste livro e se tornou um dos meus favoritos, eu consegui ficar envolvida e conectada com os personagens, o que é ótimo e era como se eu estivesse vendo uma novela kkkkk. E eu recomendo demais esssa leitura para vocês!


Frases:
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Quando desenhamos a natureza, começamos a entendê-la, podemos ver todas as suas partes e como elas se unem. Ao desenhar e examinar o que vê, você pode ajudar outras pessoas a entender o milagre da natureza.

É o amor que faz a magia acontecer na vida, Posy. Mesmo no dia mais sem graça, nas profundezas do inverno, o amor pode fazer o mundo se iluminar e parecer lindo como agora.

O problema é que correr atrás da nossa paixão nem sempre nos deixa ricos.

- Não precisa se preocupar. Acredite, já passei por isso e às vezes ainda passo. Só posso dizer, por experiência própria, que geralmente a vida melhora se você tentar ser positiva.

- Estou tentando ser positiva há anos, mas não parece estar ajudando.

- Então talvez você precise olhar um pouco mais fundo, descobrir a verdadeira causa de sua infelicidade e fazer alguma coisa a respeito.

As pessoas deviam poder ser quem elas são, independentemente das regras da sociedade, não acha?

Dá para fugir para bem longe, mas não dá para escapar de si mesmo.

Todos sentimos que estamos fracassando porque nossa vida não é como a dos filmes ou, pior ainda, como a fachada que apresentamos ao mundo. Nunca se sabe o que acontece atrás de portas fechadas. E eu garanto: a maioria das famílias é tão complicada quanto a nossa.

Eu te amo, querida, sempre amei. Não quero perder mais tempo do que já perdemos. Quem sabe quanto ainda nos resta? Merecemos buscar um pouco da felicidade enquanto podemos, não é?

- Bom, nos últimos meses aprendi uma coisa.

- O quê?

- Um lar não é feito de tijolos e argamassa. Meu lar é aqui, nos seus braços.




Espero que tenham gostado da resenha, vejo vocês no próximo post!  

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