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Marília de Dirceu | #DESAFIOLITERATURABRASILEIRA

07 dezembro 2021


Para esta segunda postagem do desafio da Literatura Brasileira, eu irei abordar sobre o livro Marília de Dirceu, do autor árcade Tomás António Gonzaga. Para falar a verdade, estava nos meus planos ler um pouco sobre Os Sermões que faz parte da literatura barroca, mas acabei desistindo e pulei para o próximo. E aqui estou eu pronta para dizer a vocês sobre como foi essa experiência de leitura e do que pensei sobre as liras do escritor :)

Então vamos lá? Saber um pouco sobre a obra?

Ficha técnica:
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Sinopse: "Eu tenho um coração maior que o mundo." Versos como este, agrupados sob o título Marília de Dirceu, tornaram Tomás Antônio Gonzaga um dos maiores poetas do Arcadismo brasileiro. Com tendências ao bucolismo, os fingimentos pastoris e as alusões mitológicas, a poesia de Gonzaga é típica do Arcadismo. Nela há, contudo, uma nota pessoal marcada pelo sensualismo e o realismo dos motivos locais, que a situa acima do esgotamento da escola.
A primeira parte das liras de Marília de Dirceu foi publicada em Lisboa em 1792; uma segunda edição, com acréscimos, saiu em 1799, enquanto a terceira parte só apareceu postumamente.O erotismo e o sentimento elegíaco que percorrem alguns dos versos dedicados à amada levaram os pósteros a identificar em Gonzaga um pré-romântico. Gonzaga foi um dos nossos maiores poetas. 

Autora: Tomás Antônio Gonzaga

Editora: Texto integral com comentários

Número de páginas: 136

Gênero: literatura brasileira


Crítica:
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Como eu tinha estudado sobre o quinhentismo e barroco, estava na hora de estudar sobre o arcadismo e escolhi esse e mais outros livros para ler e compreender mais sobre esse momento da literatura. E já digo de antemão que, foi uma ótima decisão fazer isso, pois estou rapidamente conseguindo compreender toda a história por trás das obras e até recomendo a quem está estudando sobre a literatura brasileira embarcar também nessa aventura, porque vale muito a pena.

Voltando ao assunto sobre Marília de Dirceu, é de fato que ela entrega muitas características relacionadas ao arcadismo e por isso é bem fácil associar. Nas várias liras do escritor, eu pude perceber características como o pastoralismo, bucolismo e algumas referências à mitologia grega, trazendo uma idealização de uma vida calma no campo longe de todas as revoltas e problemas do cotidiano urbano. Eu até fiquei surpresa, pois não imaginava que o Tomás iria fazer diversas alusões aos deuses gregos, tinha liras que eu mal entendia por conta das histórias relacionadas a esses mitos.

Para ser sincera, eu comecei o livro antes de ver detalhadamente sobre o assunto em si, e por conta disto tinha algumas ideias erradas de, por exemplo, achar que Marília de Dirceu era uma história ao invés de poemas/liras (sim, eu nem cheguei a ler a sinopse direito e já fui baixando para ler kkk). Mas, isso não chegou a ser um problema.

O que achei interessante é que o escritor Tomás fazia parte da Inconfidência Mineira, uma revolta que ia de contra com os altos impostos, que na época Portugal ao descobrir o ouro na região de Minas Gerais começa a retirar e levar para a Europa. Outro elemento que gostei foi de que o autor demostra elevada devoção a Marília, como a mulher mais linda de todas, na qual tem uma beleza insuperável. E isso me deixou curiosa para saber como a mulher seria e pensei “nossa ele deve estar apaixonado mesmo”.

Concluindo aqui, eu particularmente não gostei da leitura no geral, não foi algo que me conquistou e teve aquele sentimento de ser mais uma leitura obrigatória apesar de ir no meu ritmo. As liras não me chamaram tanta atenção para eu amar ou gostar, mas pelo menos consegui compreender sobre o arcadismo e isso já é muito. Eu ainda espero que os próximos livros sejam mais divertidos para ler ou ao menos me interessar pela história.



Espero que tenham gostado da resenha, o próximo livro do desafio é A Moreninha :)

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A carta de Caminha | #DESAFIOLITERATURABRASILEIRA

22 novembro 2021





Semelhante aos outros posts este aqui também foi arquivado e só estou postando agora.

Eu decidi estudar com afinco durante esses meses e resolvi ler os livros da literatura brasileira para ter um pouco de conhecimento na área e também porque era algo que eu já desejava fazer, porém... Ontem de ontem (07/07) quando terminei de ler A Carta de Caminha, estando prestes a escrever um texto bacana sobre o livro e então eu me lembrei do Blog e pensei: “Hmm interessante, porque você não faz um desafio no blog mostrando sua experiência e aprendizado lendo os livros da literatura do Brasil? Vai ser divertido.” E foi assim que meus divertidamente começaram a trabalhar na ideia e acabei não escrevendo texto nenhum para o meu estudo pensando em escrever logo aqui.

E agora estou eu (09/07), pegando esse tempo livre ao invés de estudar para escrever. Agora, já chega de conversa e vamos logo para o que realmente importa?

Ps: dividi a postagem em sobre o livro, características, pequeno resumo, crítica, aprendizados.

Ps: lembrando que isso não é algo sério, apenas uma ferramenta que utilizei como forma de estudo juntando com algo que gosto de fazer.



Ficha técnica:
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Sinopse: O texto completo da Carta de Pero Vaz de Caminha, com o comentário do Professor Silvio Castro, um dos maiores estudiosos do assunto no Brasil. Segundo Silvio Castro, a revelação do Brasil pela Carta de Pero Vaz de Caminha cria todo um roteiro de magia para a nova terra. As palavras do escrivão português revelam como que um futuro incondicional para a realidade brasileira. Uma terra paradisíaca, oferecendo a melhor qualidade de vida e horizontes belíssimos, cheios de tranqüilidade. O homem, através das palavras de Pero Vaz, toma conhecimento da tão desejada novidade - a existência de um novo mundo. Mas logo depois o espírito da palavra do poeta português começa a se perder. Para a conservação das riquezas ameaçadas, os portugueses mudam de número e de natureza. Já não mais a serena amorável relação. Mas a tomada do poder. O paraíso se modifica lentamente. O claro imediato sentido da existência se vê superado pela convicção colonizadora e imperialista, fazendo o colonizador perder sua visão do paraíso.

Editora: L&PM

Número de páginas: 160

Sobre o livro:
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Apesar de obviamente ter estudado na escola sobre o assunto e ter uma vez tentado ler a carta, este livro que veio na forma comentada e passada para a linguagem atual do português foi de grande ajuda para a minha compreensão e consegui ficar totalmente imersa na história. Então se está precisando ler A Carta de Caminha, seja pra trabalho ou interesse pessoal eu recomendo essa versão do livro.

Características da carta que eu anotei:

Utilização da escrita fonética, o que me surpreendeu, pois não sabia ou não lembrava ou até talvez não tenha prestado atenção nas aulas de literatura na escola, mas isso a gente fingi que não aconteceu;

Além da transcrição léxica temos como característica a forma de literatura informativa ou de testemunho; uso da pontuação de modo expressivo; escrita bem detalhada sobre cada acontecimento; dispõe da ironia como procedimento metafórico como, por exemplo, no relato sobre a nudez das mulheres indígenas; atitude realista e ambição pela conquista do espaço e ouro e a forte intenção da politica da catequese nas terras indígenas.

Pequeno resumo:

O autor Pero Vaz de Caminha escreve a carta para o rei de Portugal D. Manuel, contando de modo detalhado todos os acontecimentos durante sua navegação com o grande “achado” de novas terras e um “povo que não tinha vergonha alguma”. Mostrando desde o principio o profundo desejo pela terra, pelo ouro e pela catequização.

Foi em 22 de abril de 1500 que Pedro Alvares Cabral, capitão-mor, e os navegantes presentes avistaram sinais de terra, dando ao monte o nome de Monte Pascoal e a terra de Vera Cruz. E com sua chegada vai conquistando a confiança dos índios, muitas vezes descritos como ingênuos e tendo por Coimbra a primeira missa no Brasil.

Crítica:

É nítido para quem lê, que o autor mostra os índios como inocentes demais e se aproveitam dessa característica. Nas descrições de Caminha, ele mostra como um povo sem religião e quaisquer cultura, com apenas um linguajar distinto e festivo (foi ao menos o que entendi) e através disso vão impondo a sua perspectiva religião católica e conquistando-os aos poucos.

Falando das descrições de Caminha, ele algumas vezes faz pequenas descrições sobre as genitálias das meninas indígenas, por não possuir vergonha e levar para o lado irônico das mulheres de Portugal. O que foi ridículo de ler e foi totalmente desnecessário, porém eu parei e pensei: 1500, 1500, algo antigo, 1500, 1500...

Aprendizados:

Apesar de tudo, essa carta é extremamente importante para o conhecimento do Brasil, sobre como tudo começou, e das respostas a perguntas do tipo:  como surgiu, porque a nossa cultura é distinta ou por qual motivo temos português como idioma oficial... Tudo isso vale com esse suposto inicio, com o relato de Caminha para o Rei. Devo dizer que é uma leitura essencial.




É isso gente! Esse foi meu primeiro desafio de leitura, espero que tenham gostado. Eu não sabia bem como fazer esse post e acabei dividindo em várias categorias (sobre o livro, resumo, aprendizados,...) o que não costumo fazer mas acho que já está bom. 

Para quem já viu a lista sabe que meu próximo desafio é Marília de Dirceu, vejo vocês lá!!

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Resenha: O Pequeno Príncipe

09 novembro 2020




Já faz um tempo que fiquei bem curiosa a respeito da história do pequeno príncipe, eu já conhecia mas bem superficialmente, então como comprei o livro recentemente resolvi ler logo e falar sobre ele aqui no blog. E se tornou um dos meus favoritos!

Então vamos saber um pouco sobre esta obra?



Ficha técnica:
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Sinopse: Um piloto cai com seu avião no deserto e ali encontra uma criança loura e frágil. Ela diz ter vindo de um pequeno planeta distante. E ali, na convivência com o piloto perdido, os dois repensam os seus valores e encontram o sentido da vida. Com essa história mágica, sensível, comovente, às vezes triste, e só aparentemente infantil, o escritor francês Antoine de Saint-Exupéry criou há 70 anos um dos maiores clássicos da literatura universal. 

Autor: Antoine De Saint-Exupéry

Editora: Harper Collins

Ano: 1943

Número de páginas: 91

Gênero: ficção, infanto-juvenil

Estrutura do livro: com 27 curtos capítulos




Crítica:
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Este livro não é para ser lido rapidamente, ou melhor dizendo, é para ser apreciado com uma leitura bem devagar, para assim podermos entender mais a fundo os questionamentos que a história quer passar. A cada passo que o pequeno príncipe dá em sua longa caminhada, é apresentado para nós leitores, lições de vida e coisas tão simples, que antes passavam despercebidos.  Ao olhar superficialmente para a história (sem ler) é como se fosse apenas mais um livro infantil qualquer, porém quando começamos a ler percebermos o quanto é encantadora e fascinante. Cada personagem trás algo importante e único nos fazendo olhar à vida de outro ângulo.

Além do mais, o que o torna mais interessante é que cada um vê a história de uma forma diferente, com um final diferente, um mais triste e outro mais alegre, um enfatizando o amor do príncipe pela rosa e outros da sua amizade com o piloto, etc...



Tema da história |

Em minha opinião, O Pequeno Príncipe não trás apenas um tema como foco, na verdade a história vai acontecendo e abordando vários temas centrais, como por exemplo, a infância. O autor no começo do livro fala o seguinte:

“Todas as pessoas grandes foram um dia crianças – mas poucas se lembram disso.”

Essa abordagem é feita ao longo da história sobre a perda da infância, da inocência e da criatividade de ver o mundo de forma distinta e alegre. Trazendo a complexidade dos adultos, em questão do seu modo de vida e de como lida com as coisas ao seu redor como no caso do personagem que faz o piloto, quando ele era criança sempre desenhava, mas ninguém conseguia compreender a sua arte e por isso desistiu, mas de vez em quando fazia a mesma pergunta em alguns casos sobre o seu desenho, entretanto não adiantava nada, ninguém entendia o que ele queria apresentar.  



O amor do príncipe pela flor |

No começo eu não tinha entendido bem a relação do príncipe com a flor e só depois de reler a parte que eu pude compreender e perceber que na verdade foi apresentada uma pequena história de amor, onde o principezinho fazia de tudo pela rosa e ela parecia abusar disto, mentindo e ele levando a sério palavras sem importância. Ele foi paciente, compreensivo e dedicado a cultivar esse amor, porém ao perceber as ações da flor se entristeceu e resolveu abandonar o planeta.

“ – Não soube compreender coisa alguma! Deveria tê-la julgado por seus atos, não pelas palavras. Ela exalava perfume e me alegrava... Não podia jamais tê-la abandonado. Deveria ter percebido sua ternura por trás daquelas tolas mentiras. As flores são tão contraditórias! Mas eu era jovem demais para saber amá-la.”



Os planetas que o príncipe visitou |

Essa com certeza é a minha parte favorita, quando o príncipe abandona o planeta e vai visitando os outros existentes no universo, fazendo uma breve alusão a vida das pessoas, onde cada planeta representa determinado individuo, mostrando os seus valores, crenças, o seu jeito de viver e  de enxergar o mundo. Eu achei isso muito interessante, todos nós somos planetas que precisam ser explorados.

O pequeno príncipe vai fazendo uma passagem por essas pessoas que nos apresenta alguma coisa, como o rei autoritário que era bastante solitário e precisava de alguém para lhe fazer companhia. Ele trás duas lições importantes: exigir de cada um o que cada um pode dar e o fato de que é bem mais difícil julgar a si mesmo do que aos outros. O segundo é o homem vaidoso, que quer admiradores e pessoas que o elogiem constantemente, deu a entender no livro que ele não aceita críticas e quer ser o centro de tudo, trazendo ai mais uma reflexão. O próximo planeta é do homem bêbado que bebe para esquecer a vergonha, nos mostrando a questão do vício. O quarto é do empresário, que não tem tempo para nada, ele apenas trabalha e isso é tudo. De acordo com esse homem de negócios, tudo era bobeira, e ele era um homem serio, não tinha tempo para se divertir, passear ou até mesmo observar as estrelas. O quinto é o acendedor de lampião que para mim foi um dos planetas mais intrigantes de todos, ele apenas estava ali fazendo o que era suposto para ele fazer, acender e apagar a luz, ele não gostava disso, mas desde que estava no regulamento então ele tinha que fazer e ponto. Não havia questionamentos da parte dele de ter que fazer aquilo nem dias de descanso, realmente essa parte é bem interessante e dá para refletir muito. E o penúltimo é o velho geógrafo que se acha mais sábio de todos, porém apenas escreve em seus livros o que ouviu falar, em nenhum momento pensou em explorar o seu próprio planeta e ir atrás dos fatos reais comprovados.



O príncipe na Terra |

 

Quando o príncipe chegou na Terra ele teve um breve dialogo com a serpente, e aqui vem mais outro ensinamento. Ele a chamou de fraca e inofensiva, porém ela o disse que era bem poderosa, e não tinha nada daquelas características que ele citou. O principezinho fez um julgamento superficial só por ela ter um corpo pequeno, não podemos julgar o livro pela capa.

 


O pequeno príncipe, a rosa e a raposa

 

A raposa ensinou muito o pequeno príncipe, logo quando chegou a Terra ele pôde observar varias flores iguais a sua amada flor e ficou um pouco decepcionado mas a raposa trouxe uma ideia muito bonita da relação única que ele construiu com sua flor, independente de haver milhões delas pelo universo, para o príncipe a flor que está no seu planeta é especial e única, por justamente terem essa relação de afeto, onde ambos se tornaram importante para o outro.

 

“Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...”

 





Enfim, eu não estava pensando em trazer todo esse quase resumo do livro, mas teve tantas coisas agradáveis que a história trouxe e quis compartilhar isso para vocês também. O livro é extremamente maravilhoso e único, teve uma parte que ficou marcada na minha mente e que gostei demais foi da questão de quando uma pessoa se torna importante para você, ao olhar outras coisas você acaba lembrando-se dela como nessa frase que explica melhor:

“’Mas, se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. Os teus me chamarão para fora da toca, como se fossem música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim não vale nada. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos dourados. Então será maravilhoso quanto me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará com que eu me lembre de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...”

 

Sobre essa edição do livro, ela é bem simples comparada a outras que vi, e vem acompanhada com os próprios desenhos do autor. Com letras grandes e em papel branco. Recomendo demais a leitura e com certeza não irão se arrepender. Mas, é preciso ler aos poucos para poder absorver direito a história.

E uma pergunta que deixarei... Vocês acham que o carneiro terá ou não comido a flor? 





Frases:
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“Todas as pessoas grandes foram um dia crianças – mas poucas se lembram disso.”

 

“As pessoas grandes não compreendem nada sozinhas, e é cansativo, para as crianças, ficar toda hora explicando...”

 

“Quando o mistério é impressionante demais, a gente não ousa desobedecer.”

 

“Quando a gente anda sempre em frente, não pode mesmo ir longe...”

 

“Ao menos uma vez, abro exceção e digo: ‘Crianças! Cuidado com os baobás!’ Foi para advertir meus amigos de um perigo que há tanto tempo os ameaçava.”

 

“– Um dia eu vi o sol se pôr quarenta e quatro vezes!

 E logo depois acrescentaste:

– Quando a gente está muito triste, gosta de admirar o pôr do sol...

– Estavas tão triste assim no dia em que contemplaste os quarenta e quatro?

Mas o principezinho não respondeu.”

 

“Deveria tê-la julgado por seus atos, não pelas palavras.”

 

“’ – Se eu ordenasse a meu general voar de uma flor a outra como borboleta, ou escrever uma tragédia, ou transformar-se numa gaivota, e o general não executasse a ordem recebida, quem, ele ou eu, estaria errado?

– Vós – respondeu com firmeza o principezinho.

– Exato. É preciso exigir de cada um o que cada um pode dar – replicou o rei. – A autoridade se baseia na razão. Se ordenares a teu povo que ele se lance ao mar, todos se rebelarão”

 

“É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio.”

 

“Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...”

 

“Mas, se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. Os teus me chamarão para fora da toca, como se fossem música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim não vale nada. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos dourados. Então será maravilhoso quanto me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará com que eu me lembre de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...”

 

“Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.”

 

“Quando olhares o céu à noite, eu estarei habitando uma delas, e de lá estarei rindo; então será, para ti, como se todas as estrelas rissem!”

 

“O carneiro terá ou não comido a flor? E verão como tudo fica diferente.”





Enfim, espero que tenham gostado da resenha, se já leu o livro conte nos comentários o que achou e não se esqueça de seguir o blog pelas redes sociais. Para ver as próximas postagens do blog é só acessar a agenda. Beijos e até a próxima! ❤️

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Resenha | Cultura: Um conceito antropológico

16 março 2020




Oi gente, tudo bom? Não sei se muitos sabem mas eu comecei a estudar Psicologia e ultimamente os professores veem pedindo para ler tantos livros! Ontem mesmo eu terminei de ler esse da Cultura: um conceito antropológico da matéria de Antropologia e Sociedade e resolvi deixar aqui no blog uma resenha sobre para quem estiver interessado no assunto :). 

Então vamos saber um pouco sobre esse artigo?

  Ficha técnica:  


Autor: Roque de Barros Laraia
Editora: Zahar 
Número de páginas: 108
Gênero: Cultura, Antropologia
Sinopse: Numa linguagem didática, fluente e agradável, este livro introduz o leitor ao conceito de cultura. Dividido em duas partes, traz na primeira um breve histórico do desenvolvimento do conceito de cultura, desde os iluministas até os autores modernos. Na segunda parte, aborda a influência da cultura e seu peso na diversificação da humanidade.


  Sobre a obra:  

Como o livro é dividido entre duas partes, primeiro falarei da primeira que se refere ao conceito do que é cultura dentro do âmbito antropológico. Logo de inicio, a obra aplica alguns pensamentos de filósofos que tentavam explicar e compreender os diferentes comportamentos do ser humano, a partir de variações dos ambientes físicos. Porém, esses argumentos foram incapazes de resolver esse questionamento do por quê indivíduos de lugares distintos ou indivíduos que moravam em um determinado local possuíam comportamentos e crenças completamente diferentes. 

"A natureza dos homens é a mesma, são os seus hábitos que os mantêm separados" - Confúncio

"Na verdade, cada qual considera bárbaro o que não se pratica em sua terra." - Montaigne

Após ler algumas explicações de alguns filósofos me veio um questionamento que fiz para mim mesma e quem está lendo agora possa fazer também. Com essa abordagem, consegui entender melhor o conceito do etnocentrismo veja:

Pergunta: Se pudesse escolher de todos os costumes do mundo somente um para fazer parte, qual seria? E por que?

De acordo com Heródoto, escolheríamos os nossos próprios costumes pois estaríamos convencidos que são melhores que os outros, entretanto o filósofo está utilizando uma linha de pensamento etnocêntrica, apesar de negar em seus relatos (explicação dada pelo livro).


PRIMEIRA PARTE: Da natureza da cultura ou da natureza à cultura |


Muitos se questionavam se a razão do comportamento do ser humano estava ligada a um determinismo biológico ou geográfico, e isso durou por muitos anos, uns achavam que a população de determinado lugar de região fria era mais inteligente que as de regiões quentes, que eram mais trabalhadoras, perversas e por aí vai. Mas, nenhum desses fundamentos deram certo. Por outro lado tentavam também determinar o comportamento por meio da natureza do corpo humano, mas Felix Keesing interveio com essa ideia tempos depois:

"Não existe correlação significativa entre a distribuição dos caracteres genéticos e a distribuição dos comportamentos culturais. Qualquer criança humana normal pode ser educada em qualquer cultura, se for colocada desde o início em situação conveniente de aprendizado" - Feliz Keesing

Ou seja, como é explicado no livro, o comportamento dos indivíduos depende de um aprendizado de um processo chamado de endoculturação. Um menino e uma menina agem diferentemente não em função de seus hormônios, mas em decorrência de uma educação diferenciada.

Bem no final do século XVIII, ainda não se existia um termo específico para a cultura, utilizavam-se o termo germânico Kultur, que simboliza todos os aspectos espirituais de uma comunidade, bem como utilizavam a palavra de origem francesa Civilization para referir-se às realizações materiais de um povo. Foi Edward Tylor que sintetizou os termos no vocábulo inglês "Culture" que significa 'tomado em seu amplo sentido etnográfico é este todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade.' Após ele, vários outros pensadores tentaram expandir o conceito de cultura mas só gerou confusão.

➞ "Nós nos diferenciamos dos outros animais por sermos dotados de cultura".


É importante ressaltar que o etnocentrismo e a ciência andavam juntas na década de 60 no século XIX, e por conta disto tinham uma ideia (Tylor, por exemplo) que a cultura era uniforme, e que era de se esperar que cada sociedade percorresse as etapas de um grupo mais avançado, assim fazendo uma classificação hierárquica.  


Além da contribuição do conceito de cultura por Tylor, outros pensadores como Franz Boas e Kroeber ajudaram a ampliar esse conhecimento. Ao decorrer dos anos, Boas chegou a desenvolver o famoso particularismo histórico, segundo a qual cada cultura segue seus próprios caminhos em função dos diferentes eventos que enfrentou. 

"São as investigações históricas o que convém para descobrir a origem deste ou daquele traço cultural e para interpretar a maneira pela qual toma lugar num dado conjunto sociocultural." - Franz Boas


Por fim, desta primeira parte, o autor explica que para se ter uma compreensão exata do conceito de cultura é necessário a compreensão da própria natureza humana, deixando uma frase de Murdock onde diz:

"Os antropólogos sabem de fato o que é cultura, mas divergem na maneira de exteriorizar este conhecimento."



SEGUNDA PARTE: Como opera a cultura |

Esta segunda parte, apresenta como a cultura atua na vida do indivíduo, tendo uma grande importância na sua rotina diária. É perceptível que, o homem tem vivido grande parte da sua história separado em pequenos grupos, cada um com a sua linguagem, costumes, crenças, expectativas e visões de mundo completamente diferente uma das outras. E isso tudo equivale a cultura, e nós temos cultivado essa herança cultural até os dias de hoje. Ou seja, toda a visão de mundo e comportamento do individuo em determinada situação está relacionada a sua cultura local. 

Nosso modo de vestir, pensar, agir em determinadas ocasiões, de festejar, de julgar são  partes da cultura, e a partir desta observação é possível diferenciar uma cultura da outra, como por exemplo a cultura brasileira da cultura japonesa, em um show os brasileiros normalmente cantam as músicas e ficam bem animados gritando e tudo mais já os japoneses são mais calados e fechados, curtindo o show sentado etc. Essa diferença de comportamento se da a distinta visão de mundo, história e costumes (cultura).

Em alguns casos, pode haver a apatia, onde em uma situação os membros da cultura abandonam a crença nesses valores e perdem a motivação que os mantém unidos e vivos. Um exemplo deste fato é quando traziam nos navios escravos africanos para determinado país onde não conheciam nada, e alguns acabavam se suicidando. 

➞ A cultura interfere não só nas necessidades fisiológicas básicas, mas também nos aspectos biológicos como o ato de comer em determinada hora do dia ou de curar doenças reais. A participação do individuo em sua cultura é sempre limitada nenhuma pessoa é capaz de participar de todos os elementos de sua cultura, como exemplo uma criança não pode realizar as tarefas de um adulto.

Concluindo, todo sistema cultural tem sua própria lógica, e a coerência de um hábito cultural somente pode ser analisada a partir do sistema a que pertence. Onde cada cultura carrega uma herança histórica e comportamental, com uma visão de mundo que determinará ser modo de viver e entender as coisas.

  Crítica 

O livro faz uma abordagem muito boa sobre o tema proposto, e para quem está começando a estudar é muito indicado a leitura desta obra para se ter um maior compreendimento do que será proposto na aula. Para mim funcionou, eu consegui entender mais um pouco de como funciona a cultura na vida do ser humano e como ela começou a surgir, além de como a antropologia entra no assunto. 


É isto gente :) Espero que tenham gostado, e digam aqui nos comentários o que achou da postagem se serviu ou não para você ou se é preciso acrescentar mais alguma coisa. Não deixe de segui o blog nas redes sociais, no twitter e no instagram, lá eu digo quando uma nova postagem saíra e interajo um pouco. Vejo vocês na próximo post!  



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