Resenha | Perdida - A garota que viveu no tempo errado

29 julho 2023



Olá pessoal!

Não sei vocês, mas meu ritmo de leitura ficou totalmente bagunçado durante os últimos meses e foi muito complicado para mim pegar algum livro para ler e seguir adiante, principalmente por conta dos estudos da faculdade, de idioma e estágio (PIBID).

Porém, nessas férias eu aproveitei que a adaptação da obra de Carina Rissi estaria estreando nos cinemas e resolvi me aventurar com a leitura de Perdida!
Vamos conhecer um pouco?




Ficha técnica:
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Sinopse: Perdida é o título de estreia de Carina Rissi. O primeiro livro da série best-seller homônima que estabeleceu a autora como uma das escritoras mais queridas entre leitores de todas as idades.

Neste livro conhecemos Sofia, que vive em uma metrópole e está acostumada com a modernidade e as facilidades que ela traz. Ligeiramente viciada em tecnologia acredita que não saberia viver sem computador, celular e... microondas.

Cética e independente, Sofia tem como melhor amiga, Nina, uma bela jovem que esteve ao seu lado em todos os momentos difícieis em que precisou de apoio. Ao contrário da amiga, que faz planos para seu futuro romântico, Sofia tem pavor à mera menção da palavra casamento.

Viver em função de uma só pessoa, como se sua vida apenas tivesse sentido se ela estivesse por perto? Acordar e olhar para a mesma pessoa todo santo dia! Ter que cuidar da casa, do marido, dos filhos, do cachorro, trabalhar... Casamenro, não seria um tipo de sentença de escravidão? Enfim! Os únicos romances na vida de Sofia são aqueles que os livros proporcionam.

Mas ao acordar em um belo dia de Fevereiro a moça terá uma reviravolta em sua vida. Após comprar um celular novo, algo misterioso acontece e Sofia descobre que está perdida no século dezenove, sem ter ideia de como voltar para casa - ou se isso sequer é possível.

Enquanto tenta desesperadamente encontrar um meio de retornar ao tempo presente, ela é acolhida pela família Clarke. Com a ajuda do prestativo - e lindo - Ian Clarke, que aos poucos mexe com todos os seus sentidos e a faz agir cada vez mais de forma um pouco... desconexa.

Sofia embarca numa busca frenética e acaba encontrando pistas que talvez possam ajudá-la a resolver esse mistério e voltar para sua tão amada vida moderna. O que ela não sabia era que seu coração tinha outros planos.

Perdida: Um amor que ultrapassa as barreiras do tempo é um romance divertido e apaixonante que une o melhor de dois mundos aparentemente muito diferentes. Com diálogos engraçadissimos e uma história de amor cativante é capaz de conquistar tanto os fãs de Jane Austen quanto os adimiradores de Sophie Kinsella.

Autora: Carina Rissi

Editora: Verus

Ano: 2013

Número de páginas: 364

Gênero: ficção, romance

Estrutura do livro: dividido em 46 capítulos




Crítica:
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“Perdida” é um livro que apresenta uma proposta interessante de uma garota agitada, trabalhadora e solitária, que se envolve em uma viagem no tempo para descobrir o verdadeiro sentido da sua ida para 1830, e como poderia retornar para o seu presente, em 2010.

Como é dito no gênero, o romance é a parte central da história e que vai conquistando aos poucos o leitor, ao apresentar os personagens novos, o novo cenário e estilo de vida de cada um. Tem alguns fatos bem legais que aparecem como por exemplo o banheiro naquela época, o maneira de se vestir das mulheres, a necessidade de usar um chapéu ao sair, as carruagens, e muitas outras coisas.

Em relação a narrativa, eu percebi que é mais focado no público infanto-juvenil, e a escrita da autora é simples e leve, porém em algumas partes acontece muitas repetições desnecessárias de pensamentos da protagonista ou até mesmo da tendência a confirmar o título do livro dentro da história, era “perdida” pra lá, “perdida” pra cá, perdida pra todo lado. Tinha até algumas informações irrelevantes adicionadas no texto que poderiam ser apenas citadas, como a parte em que Sofia procura maneiras de retornar ao passado, vendo teorias da conspiração.

Apesar de ser leve em seus aspectos gerais, não se engane! O livro apresenta um gatilho com insinuação de um possível abuso sexual envolvendo a protagonista, eu fui pega de surpresa então tome cuidado. AVISO AQUI DE GATILHO.

Com pesar, venho dizer a vocês que não gostei e tive que refletir muito para encontrar as respostas desse porquê. Primeiro que, o enredo demora para engatar na história e como consequência só comecei a gostar um pouco lá para o final.

Segundo que, como ponto negativo, o livro tinha potencial para ser bom entretanto não foi bem trabalhado nos aspectos do desenvolvimento e construção dos personagens principais e secundários. Houveram muitos elementos que poderiam ter sido executados como a questão do suspense para prender o leitor, com o mistério do celular, a fantasia de ter ido e voltado no tempo, a “fada madrinha”, a ideia de ter vivido no tempo errado por um erro de não sei quem, e entre outros. Focou tanto no romance e deixou a desejar em diversos pontos que poderiam ser a chave para uma história que cativasse.

Ademais, observei que a personalidade da protagonista mudou um pouco observando do início para o final, e tudo se resultava ao Ian, sua paixão. A Sofia, odiava tudo que era antigo, e por um amor a sua perspectiva mudou completamente. É sério isso? Gostaria de ter visto um desenvolvimento mais profundo da protagonista, tudo era resumido ao seu amor por Ian, toda a vida dela era baseada nisso, cadê os propósitos da personagem? Sua visão de mundo? Para mim, Sofia foi uma personagem superficial em algumas maneiras e chata, não houve uma reflexão em relação ao que ela realmente queria ser ou se tornar. Faltou desenvolvimento pessoal.

Além de que, as coisas se resolviam muito rapidamente e com muita facilidade, como por exemplo a melhor amiga da protagonista, a Nina, acreditar na ideia da viagem do tempo, sem muitos questionamentos.

Admito que não gostei também por não haver nenhumas questões de críticas sociais, o gatilho do abuso foi jogado em cena e não foi trabalhado devidamente, a pressão do trabalho de Sofia, tão pouco, assim como o machismo. É basicamente puro romance e tudo sobre o casal, os outros personagens como a Elisa, Teodora e Nina não tinham tanto valor assim, estavam apenas como sustentação da história e dos protagonistas. Não houve uma profundidade neles.

Por fim, na minha versão do livro, a nota final da autora na qual explica o porquê de não abordar sobre o processo de escravidão deveria seguir logo antes da história começar e não quando termina. Logo no início, dizem rapidamente que é uma ficção mas sem muitas explicações desse universo paralelo e fantasioso.

Concluindo por aqui, Perdida de Carina Rissi é uma história estilo filme romântico da sessão da tarde, pois é leve, com algumas partes divertidas, com muito romance e uma pitada de suspense. Perfeito para sair da ressaca literária e sem pensar muito.


Frases:
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- Não se tem certeza de nada quando se está apaixonada, Sofia!
- Ah, se tem sim! Dá pra ter certza que seu coração será estilhaçado em um milhão de pedaços no final.

Tenho esperanças de que você encontre o cara certo um dia desses, sabia? Já tá na hora de viver uma história de amor de verdade e esquecer as dos livros. Acho que vai ser divertido ver como você vai se sair quando se apaixonar pela primeira vez.




Espero que tenham gostado da resenha, se já leu ou se interessou pelo livro, me conta nos comentários! Vejo vocês no próximo post!  

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Resenha | The Good Bad Mother

19 julho 2023



Quanto tempo que não apareço por aqui!

Admito que senti muitas saudades de escrever para vocês e compartilhar os meus pensamentos sobre doramas.

Por falar neles, desta vez venho com uma resenha de The Good Bad Mother, um kdrama que mistura tudo de bom, comédia, melodrama, ação e romance! E que reune os novos queridinhos da dramaland o Lee Do Hyun (18 again/The Glory) e a Ahn Eun Jin (Hospital Playlist).

Mas, chega de conversa e vamos conhecer um pouco de The Good Bad Mother?





Ficha técnica:
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Sinopse: Um acidente trágico deixa um ambicioso promotor com a mente de uma criança. Agora, ele e a mãe precisam viver uma jornada rumo à reaproximação.

Gênero: comédia, drama, familiar, vida
Emissora: Netflix
Ano de produção: 2023
Onde assistir: Netflix
Episódios: 14

Trailer: 



Crítica:
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Admito que comecei com poucas expectativas, e não é à toa pois comecei vários doramas que lançaram ainda neste ano e nenhum realmente me cativou com sua proposta e desenvolvimento, muitos eu acabei dropando, com exceção de Divorce Attorney Shin, que foi um kdrama que trouxe uma história bem construída e com uma boa trilha sonora!

Mas retornando a The Good Bad Mother, houveram muitos pontos que me chamaram a atenção porém o principal deles foi o arco dos personagens principais e secundários tão bem apresentado para os telespectadores e com uma ótima construção. Era como se eu fizesse parte daquela vizinhança também! São poucos doramas que realmente conseguem desenvolver bem esses dois lados.



Primeiro, o arco dos protagonistas da mãe má e do filho diligente foi um dos que mais me emocionou. O enredo vai em uma constante linha do tempo e entre idas e voltas, instigando a curiosidade sobre a história, e é interessante ver o quanto o convívio entre eles mudou e o carinho que apresentavam um ao outro. Nesse quesito, foi muito bom acompanhar, essa jornada de relacionamento deles, de “quase que não se falam” para “não vivem sem o outro”.



E o segundo arco, o dos secundários que são a comunidade de vizinhos, foi o que me deixou impressionada. Como disse acima, é difícil ver uma história desenvolver bem todos os personagens, principalmente os secundários, em sua função na história, seu motivo para estar em cena, sua relação com os protagonistas, suas tramas e personalidade. E todos eles foram perfeitamente caracterizados e bem construídos, cada um com suas vidas e afazeres. Então, ai o dorama me ganhou.



Além disso, acontece uma mistura de gêneros e por conta disto a história nunca fica monótona, porque está sempre passando por suspense, comédia, romance, melodrama e por aí vai!

Ademais, apesar das músicas não terem me cativado completamente, a trilha sonora como um todo foi simplesmente perfeita para as cenas da história.



No geral, foi um bom dorama e muito emocionante com suas diversas mensagens singulares, como por exemplo de aproveitar cada momento da sua vida com as pessoas que ama, de correr atrás do que deseja, de não deixar as doenças serem um motivo para desistência, e em The Good Bad Mother demonstra muito isso de ter a força de vontade de seguir em frente mesmo nos dias mais impossíveis e em circunstancias que parecem não mudar.


Há outras mensagens bonitas que consegui captar também como a forma que a morte possa ser vista de maneira positiva, com uma ideia de paz e tranquilidade de todo o sofrimento terreno, a saudade vai sempre estar presente e está tudo bem chorar, apresenta também o ciclo da vida como um processo de crescimento importante para todos, bem como, sobre aprendermos com as pessoas ao nosso redor. Mesmo nos momentos mais difíceis, sempre há uma forma de retirar um aprendizado, reflexão e observar o quanto crescemos e ficamos fortes.



E claro, o quanto as mães são incríveis! Foi muito divertido ver essa mudança da mãe má e mãe boa, que tinham o mesmo propósito, fazer com que o filho tivesse uma vida melhor. 


Se ainda estar na dúvida para assistir, apresento o melhor personagem da história e o mais engraçado: Sam Sik!





OST:
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É isso pessoal! Espero que tenham gostado da resenha, se já assistiu conta nos comentários o que achou e não se esqueça de seguir o blog pelas redes sociais. 

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