Após
dois longos meses de leitura, eu finalmente consegui concluir A Segunda Vida de
Missy!! Eu decidi ler aos poucos e indo no meu ritmo de leitura (que é bem
devagar) para que a história não perdesse sua magia e eu não acabasse ficando
estressada pensando em: terminar logo o livro, escrever a resenha, tirar a
foto, editar a postagem e compartilhar para vocês kkkk.
Sim!
Eu penso demais e isso já me causou problemas aqui no blog e essa é uma das
razões pelas quais eu dei uma pequena pausa nesses últimos meses.
Mas,
chega de conversa né? Vamos saber logo do que está obra se trata?
Esse
livro particularmente se tornou bem especial para mim, de capítulo a capítulo,
a história foi me cativando e pude me conectar de modo único com a personagem
Missy. Pude sentir variadas emoções lendo e foi maravilhoso.
Falando
assim, parece que a A Segunda Vida De Missy conta uma história esplêndida e
fora do comum, mas na verdade a autora Beth Morrey trás para nós leitores uma
história bem simples, onde a cada página podemos conhecer a vivência da
personagem principal, o seu passado e o seu processo de crescimento pessoal... Se
conhecendo mais, aprendendo com os erros, deixando o passado para trás, e permitindo-se
conhecer e viver novas aventuras.
“A magia não impede que o pior aconteça. O pior sempre acontece, todo dia. E a vida segue em frente. E a gente apenas se mantém firme e torce para poder guardar qualquer migalha e dentinho que sobrar.”
Em
razão dos fatos acima, o enredo vai intercalando entre o passado, com as memórias
que nos ajuda a conhecer a juventude da protagonista em conjunto com as suas
escolhas futuras. E o presente, que de inicio apresenta o cotidiano da personagem,
vivendo solitária e infeliz, até começar a fazer novas amizades e aprendendo
com elas de diferentes maneiras.
De
inicio, eu fiquei muito curiosa para saber como seria ler uma história de uma
protagonista que já tem quase 80 anos. De todos os livros que li, este foi o
primeiro que tem como personagem uma idosa que mostra sua longa jornada de
vida. Realmente emocionante.
O
livro não só conta sobre a solidão da Missy, mas também vai inserindo alguns
temas muito importantes de um jeito bem natural e leve, como por exemplo, a
violência doméstica, os momentos da maternidade e o quão difícil é para as
mulheres todo o processo de se tornar mãe... Tenho que dizer que essas cenas
são bem comoventes e delicadas, foi bonito a forma como a escritora apresentou
isso. Além do mais, temos a questão do aborto, a suposta depressão pós-parto e
o contexto LGBTQ. É uma história encantadora que soube utilizar contextos
importantes e mesmo assim não perder a essência original.
O final é cheio de plot twist, e não se preocupe não darei spoiler. Mas, posso dizer que fiquei impressionada e chocada com o término, nunca que eu imaginaria uma coisa daquelas, e todo aquele desfecho foi muito bom, eu gostei bastante.
E
por fim, para finalizar, eu gostaria de expressar minha opinião acerca do
casamento entre Missy e o Leo. Houve tantas coisas que aconteceram entre eles
dois, e muitas vezes me questionei sobre o amor deles, que era tão desigual,
acho que desde o inicio era assim, a protagonista parecia ser a quem amava e se
importava mais. Ás vezes, eu ficava com raiva, pois ela merecia muito mais que
aquilo, Missy simplesmente largou a carreira, se casou com Leo depois de ter
passado por uma situação triste, e então viveu sua vida inteira sendo dona de
casa e cuidando dos filhos, o amor por parte do Leo já não existia mais, ele
sempre ficava no escritório e nunca estava lá por ela, ajudando... Fiquei
realmente emotiva nessas cenas. Foi triste o modo como ela conta sua própria
história. Sobre o amor e sua relação com seus filhos... Mas enfim, o final vale
a pena.
Eu recomendo demais!! Virou um dos meus favoritos, a leitura fluiu super bem, não é muito descritivo e é como se você estivesse vendo um filme da vida da protagonista kkkk. Logo abaixo vocês verão as minhas frases e citações prediletas.
“As crianças são tão lindas, imaculadas e brilhantes,
como uma castanha recém - tirada da casca. É uma pena todas se transformarem em
adultos abomináveis.”
“Nada me deixaria mais feliz. Que alguém fosse busca-lo,
que alguém o trouxesse de volta para mim.”
“Contei isso a Leo, exagerando alguns detalhes, para que
soasse mais dramático. Mas é claro que não fazia diferença o jeito de eu
contar, já que não havia ninguém ali para ouvir, e assim, depois de deixar umas
flores e arrumar tudo, parti para mim casa deserta.”
“E assim terminou o dia, tão infeliz quanto havia
começado. Mas eu ainda a sentia em algum lugar – aquela centelha. O começo de
algo. Ou o fim. Quem sabe?”
“Se você quer mesmo uma coisa, tem que se agarrar a ela.
Não desista. Agarra-se como se sua vida dependesse disso.”
“Começos e términos, eu nunca soube ao certo como lidar
com eles.”
“Mas, à medida que todos iam batendo as botas, cada vez
mais eu tinha a impressão de estar abusando da hospitalidade da vida.”
“Minha solidão, meu vazio, era um balão que se inflava e
me arrastava para longe.”
“Nós tínhamos nos amado. Leo não era de declarações
apaixonadas, mas sabíamos ser o lar um do outro.”
“Os dois possuíam uma característica ensolarada que
estimulava as pessoas a girarem, e com ambos eu queria estar no periélio, o
ponto da órbita em que se fica mais perto.”
“Não é de se esperar que eu bebesse para esquecer;
esquecer que eu havia esquecido, que fora esquecida.”
“Valia a pena abrir mão de certas coisas.”
“Quando o amor está envolvido, todo mundo se torna poeta.”
“Quando se tem filhos, é difícil aceitar que o tempo já
não é nosso – pertence a eles, cada segundo precioso.”
“A magia não impede que o pior aconteça. O pior sempre
acontece, todo dia. E a vida segue em frente. E a gente apenas se mantém firme
e torce para poder guardar qualquer migalha e dentinho que sobrar.”
“Você tem um potencial ainda inexplorado. É por isso que
está aqui.”
“Apesar de tudo que ele fizera e do que eu tinha feito,
eu sempre o esperaria, não importava quanto tempo demorasse.”
“Não havia lacunas nem fraquezas, para começo de
conversa. Homens e mulheres, mulheres e mulheres, mães e filhos, até idosas e
cães: o amor era apenas amor, só isso. Falho, desigual, complicado,
desencontrado, mas ainda essencial.”
“Às vezes o amor não atravessava o coração, mas o
acolchoava.”
“Mais tarde, eu me dei conta de que a sensação de ameaça
estava sempre comigo. Eu estava sempre esperando o pior. Esperando o ferrão na
minha própria história.”
“Ela era animada, presente, calorosa, vital. O melhor
presente que qualquer um poderia receber.”
“– Não suporto homens como você – disparei, em tom
ríspido. – Aparecendo como se fosse dono de tudo, como se todo mundo tivesse
que fazer fila para dar o que você quer. Vou dizer o que eu quero. Quero que
você trate de cair fora...”
“Mas saiba disto: podemos ter cantado músicas diferentes,
e houve momentos em que desafinamos, mas, no fim das contas, acho que nos
harmonizamos bastante bem. Não acha?”
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