Resenha | Um Desejo Para Nós Dois

19 janeiro 2022



Depois de muito tempo finalmente estou publicando a resenha do livro Um Desejo Para Nós Dois, que era para ter sido postado em Junho no aniversário do blog. E tenho muito a dizer sobre a história da obra, e não vejo a hora de poder contar tudo para vocês aqui. 

Este é um dos livros que trás também um divisor de opiniões e só lendo para saber o que realmente vai achar. Ouvi dizer que a história se parece muito com a outra trama da autora, o Mil Beijos de Garoto, porém como eu não li, não poderei comentar sobre também. Esse é o meu primeiro contato com as obras da Tillie Colie e tive muitas expectativas por ter como foco principal a música.

Então vamos nessa ver um pouco sobre o que o livro aborda?





Ficha técnica:
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Sinopse: Da mesma autora de Mil beijos de garoto, uma história sobre o poder transformador da música Uma história de música. Uma história de cura. Uma história em que o amor conquista tudo. Bonnie é a explosão de cor na escuridão dele. Cromwell é a batida que faz o coração dela pulsar. Aos dezenove anos, Cromwell Dean é a estrela em ascensão da dance music eletrônica. É adorado por milhares de pessoas, mas ninguém o conhece de verdade. Ninguém vê a cor do seu coração. Até a garota do vestido roxo. Ela é a primeira que consegue ver através das barreiras que Cromwell construiu para a escuridão que o habita. Quando deixa para trás o céu cinzento da Inglaterra para estudar música na Carolina do Sul, a última coisa que ele espera é vê-la de novo. E ele certamente não espera que a garota do vestido roxo fique em sua cabeça como uma música. Bonnie Farraday vive pela música. Ela deixa cada nota tocar seu coração e não entende como alguém tão talentoso quanto Cromwell pode evitar fazer o mesmo. Ele está se escondendo de seu passado e ela sabe disso. Bonnie tenta ficar longe, no entanto, algo continua chamando-a de volta. Mas quando uma sombra se aproxima dela, cabe a Cromwell ser sua luz, da única maneira que ele sabe. Ele deve ajudá-la a encontrar a música perdida em seu coração frágil, deve mantê-la forte com uma sinfonia que só ele pode compor. Uma sinfonia de esperança. Uma sinfonia de amor.

Autora: Tillie Cole

Editora: Outro Planeta

Ano: 2019

Número de páginas: 416

Gênero: romance, música, ficção

Estrutura do livro: dividido em 28 capítulos com o ponto de vista de dois personagens


Crítica:
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INTRODUÇÃO

Para vocês terem ideia, esse livro foi tão desinteressante para mim a ponto de sempre esquecer o nome dele.

É sério, na hora de montar e escrever esse post agora, até o momento em que estava no meu processo de leitura, eu ficava “Amanhã eu vou ler x páginas daquele livro, qual nome mesmo gente? Nós alguma coisa” Juro para vocês que foi assim. E olha que eu me recordo bem dos nomes dos livros, ao menos o que estou lendo atualmente (que agora minha leitura atual é 1984).

Enfim, eu tive certa expectativa no começo por ser relacionado à música e estava animada para o que estava a minha espera. Porém, logo ao iniciar eu fiquei chocada e desanimada, pelo fato de se mostrar em instantes (logo no inicio) um conteúdo explicito (que não gosto muito de ler, prefiro romances fofos, deve ser por isso que amo doramas) e me lembrou muito aquelas típicas fanfics clichês de garoto bad boy que não está nem aí + mocinha apaixonada que vai ajudá-lo. Eu imaginava algo muito diferente disto, e tentei o máximo continuar a leitura, o que se tornava cada vez mais difícil.

PONTOS POSITIVOS

Antes explicar o porquê não gostei deste livro, eu irei apresentar primeiro alguns pontos positivos que encontrei e que achei legal. Bom, eu me esforcei bastante e consegui enxergar algo bom sim, com as diferentes tramas envolvendo os personagens principais Cromwell e Bonnie, foi interessante observar que como uma pessoa pode mudar a outra, digo em um individuo começar a conviver com alguém e entender sua perspectiva de vida, sua realidade, suas ações, influenciando o outro também a ver o mundo de outra forma e viver de um modo melhor. Como foi o caso do Cromwell que diante das dificuldades da Bonnie, ela se manteve determinada e forte a ideia de nunca desistir, mesmo com as circunstâncias, sem contar que ela mostrou um lado diferente da música a ele.

Falando em Cromwell, e com o tema principal do livro, a sinestesia foi um dos principais temas que me chamou atenção no enredo. A sinestesia é a capacidade de ver cores, formas, cheiros em sons, ou seja, as sensações ficam misturadas. E esse assunto me intrigou bastante e gostei de saber um pouquinho dele no livro, com certeza pesquisarei mais depois.
Além disso, a autora trás uma abordagem para traumas psicológicos em boa parte do livro, e trazendo em especial questões sobre bipolaridade e suicídio. Então, se você não gosta muito de ler histórias que tenham essa temática, eu não recomendo muito, pois pode ser muito pesado. (!)

PONTOS NEGATIVOS

Agora vamos para parte dos pontos negativos e partes que não gostei. Eu coloquei acima como ponto positivo pelo fato da escritora dar abertura a situações envolvendo doenças psicológicas, porém se eu soubesse que teria cena de suicídio eu provavelmente pensaria mais antes de ler. Eu achei pesado e particularmente não me sinto bem lendo esses tipos de coisa, o que acabou se tornando algo negativo para mim.

Somando a isso, logo que iniciei a história não tinha me intrigado e ao longo da leitura foi ficando pior. Não sei se foi pelo fato da Tillie ter colocado três traumas diferentes para os personagens principais, Cromwell, Bonnie e East, mas a escrita em relação os envolvimentos pessoais deles começaram a se tornar algo chato e maçante. Na escrita, o tempo todo era drama, muito drama mesmo, e olha que sou dramática e pude enxergar que passou dos limites a ponto de não suportar mais. Ela estava sempre entregando toda hora nos capítulos algo que o leitor já sabia, já tinha a ideia, e enrolava a história deles de forma que... Nunca vi isso antes.

Eu tentei, mas teve um ponto da história que já não aguentava mais ler, quando eu terminei foi uma maravilha. Nunca li algo tão dramático antes.

Sem contar aqui que também não gostei da construção dos personagens, além do fato de ter aquele suposto bad boy + mais mocinha, me irritou muito o fato da Bonnie estar sempre venerando o Cromwell como se estivesse acima dela por ser um prodígio, era o tempo inteiro elogiando ele, sendo que ela era boa também. Esse clichê não me convenceu muito, houve até algumas cenas de romance que achei legal, mas foi só isso.

CONCLUSÃO

No geral, o livro poderia ser melhor com esse plot de sinestesia+música, mas a forma como a escritora desenvolveu fez com que a leitura se tornasse muito cansativa e dramática, o que me decepcionou bastante, pois esperava mais da história. São muitas páginas e cenas desnecessárias que me desanimaram. Mas, isso é apenas a minha opinião, eu vi muita gente no Skoob comentando que amaram o livro e durante minha jornada de leitura fiquei me perguntando: “Como assim? Será que sou eu? Devo estar lendo errado” kkkkk é assim mesmo, tenho que aprender muito ainda.

Eu particularmente não recomendaria esse livro, mas se você leu e gostou da sinopse e quer tirar suas próprias conclusões, vai lá! Se aventure nessa leitura e depois me diga o que achou 😊

Frases:
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“A boa música deve ser sentida. Por seu criador. Pelos ouvintes. Todas as partes dela, da criação ao ouvido, devem ser envolvidas por sentimentos.”

“Esperança de que, fora desta cidadezinha, as pessoas levassem música no coração da mesma forma que eu.”

“Tinha acabado de largar a bolsa no chão quando ouvi o som de um piano ao longo do corredor. Parei perto da porta e fechei os olhos. Um sorriso se formou em meus lábios. Era sempre a mesma coisa. Toda vez que eu ouvia música, algo acontecia dentro de mim. A música sempre se infiltrava em mim como garoa em um dia frio. Dava para sentir nos ossos.”

“Eu amava todos os tipos de instrumento. Mas tinha algo no piano que simplesmente me fazia sentir mais.”

“Cantei suavemente, uma canção que havia escrito apenas para mim. Uma canção oportuna e significativa. Que havia se tornado meu hino. Que me mantinha forte.”

“A dor havia levado embora a alegria de tocar a música que ele antes amava.”

“Acredito que a música deve contar uma história. Acredito que deva haver algum tipo de significado nas notas e melodias. A música deve nos levar em uma viagem, idealizada pelo coração do criador.”

“Só quero tocar. Criar. Para quem quer que seja, onde quer que seja, contanto que eu tenha a música na minha vida.”

“E enquanto houver você, e houver música, sei que será uma vida vivida, não importa se longa ou curta.”



Espero que tenham gostado da resenha, vejo vocês no próximo post!  

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